Comentando o Volume #165 – Platinum End #04

Boa dia nessa terça-feira amigos e amigas de todas as querências.

Hoje chegamos nesse quente dia de verão para o segundo CoV de Platinum End, para quem não lembra, já tínhamos conversado sobre o primeiro volume da obra.

Admito para vocês que agora essa obra começou a me incomodar um pouco, mas calma, não está nem perto de ser aquele incomodo que vejo no pessoal que odeia a obra (sim Mugi, estou falando de você).

Na verdade entra um pouco daquilo que comentei no primeiro post sobre PE não tentar ser épico como seus outros irmãos e em determinados momentos eu sinto que o Ohba quer ir um pouco mais e não pode.

“Como assim Haag?” Eu não tenho como afirmar isso pois não sou nem o autor e nem o editor, mas a impressão que me passa é que em determinados momentos ele quer fazer algo mais profundo e alguém puxa as rédeas dele.

Isso tá deixando os personagens meio rasos, já são quatro volumes e ainda não sentimos nenhuma ambição ou desejo de nenhum lado.

Tirando o tiozão com câncer que quer deixar um mundo melhor para os filhos, nenhum outro personagem tem um motivo até agora. Na verdade o final desse volume 4 nos mostrou que a ambição da garota vai ser puramente ajudar os outros e se redimir do que fez no passado.

Mas e os dois centrais? Qual a ambição do herói e qual a do vilão? Ambos estão me dando raiva.

O Mirai fica com esse negócio de não vou lutar e não vou matar, enquanto isso as batalhas já estão num nível onde essa vontade dele é irritante e infantil. No meio de um bombardeio e ele se vomitando com medo. Caramba, já passou esse momento, ele já viu do que o inimigo é capaz.

E ai já aproveitamos e vamos falar dele. Ok, todos já entendemos que ele não tem pudor e nem duvida no que quer, já percebemos que o Uryuu vai fazer de tudo para se tornar deus. Agora, porque ele quer tanto isso a ponto de passar por cima de todos?

Meio que já ficou entendido que ele quer ressuscitar a irmã (o que admito foi um momento bem estranho aquele corpo congelado em meio a toda tecnologia). Só que mesmo isso ainda está jogado demais, os autores nos mostraram algo tipo “óh, tem uma irmã morta ali e ele venera ela” e ponto final, segue para bombas e mortes.

Só que vou ser meio “contraditório” agora, pois se de um lado eu sinto que os personagens estão rasos, por outro lado eu sinto que o plot principal da história evolui num ritmo normal.

A gente tem que lembrar que Platinum End não é semanal como foram os outros dois, o mangá é mensal e esse volume é recém o 12º capítulo da obra. Se a gente for pensar, já aconteceu muita coisa: tivemos a escolha dos candidatos, tivemos o Metropoliman declarando guerra aos demais e virando vilão, tivemos a história do cara com câncer e aquele “arco” da menor de idade e agora vimos todo o flashback da mocinha.

Se analisar apenas a batalha entre os candidatos, a história está andando num ritmo bom. Se não me engano mais da metade já apareceu e pelo menos uns quatro já estão mortos.

Então pensando nessa parte, está sim evoluindo. Porém falta a profundidade, é uma evolução rasa baseada apenas em bombas e efeitos especiais que a arte do Obata deixa sempre bonitos, mas a profundidade e os motivos não aparecem, e ai repito, não sei se porque o Ohba não quer ou porque alguém está prendendo ele, mas ele não mergulha.

Platinum End ainda não me desagradou de inteiro, ainda é uma obra que me deixa com vontade de ler e saber mais sobre o que vai acontecer.

Porém admito que a empolgação não é mais a mesma. Uma pena.